sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Melhor hostel de Lisboa que você respeita

Eu adoro viajar. Então, boa parte das postagens serão dedicadas a isso. Darei sugestões de lojas, lugares para visitar, coisas gostosas para comer… tentando sair um pouco do lugar comum. Pontos turísticos tradicionais, provavelmente não farão parte dos meus posts, a não ser que tenham balançado fortemente meu coração. 😉
Quem me conhece sabe o tanto que sou chatinha com esse negócio de hospedagem. Na verdade, nem tanto assim, mas sempre tive o meu quarto e o meu banheiro, então, tenho dificuldade para dividir algumas coisas, principalmente com gente desconhecida. Assim, há um tempo, era impensável para mim ficar em um hostel, até que conheci o Living Lounge❤ ❤ ❤ ❤ ❤
Fui apresentar um trabalho em Lisboa, em 2009, e precisava achar uma hospedagem barata, mas que atendesse meu grau de frescura. Acabei reservando um quarto privado num residencial, mas com banheiro compartilhado. Fato é que não gostei nem do quarto e muito menos do banheiro, que estava bem sujo já na primeira vez que usei. Ah! E, detalhe, tinha um bidê no meu quarto (parece que isso é comum por lá). 😳
Foi quando marquei de encontrar um amigo num hostel próximo a onde eu estava e minha opinião mudou completamente. Percebi que eu tinha uma visão muito estereotipada desse tipo de hospedagem.

Living Lounge Hostel

Primeiro, a decoração do lugar é incrível!!! Cada ambiente tem um tema, inclusive os quartos, há várias referências de filmes, os móveis são lindos… ai, ai. Só de lembrar o coração já enche de alegria.

Estrutura, segurança e higiene

As camas dos quartos coletivos são beliches com grandes compartimentos na parte de baixo, uma para cada hóspede do quarto. No meu, se não me engano, consegui colocar duas malas. 😱 Eles eram fechados com chave e isso me deixou super segura em relação às minhas coisas, pois, mesmo na Europa, sou dessas que morre de medo de ser roubada. Ainda, eles possuem quartos privados! Até convenci a minha mãe de ficar lá em 2010 e ela adorou. Porém, como acabei indo para lá por causa de desistência de hóspede, não tive muita opção e fiquei em um quarto para 4 pessoas. Mas foi tão tranquilo e bacana, pelas pessoas incríveis que conheci, que acabei escolhendo um quarto coletivo novamente na viagem que fiz no ano seguinte.
Os banheiros são compartilhados, mas com uma super vantagem. Cada andar, além de banheiros tipo vestiário, têm também um tipo que, apesar de também ser compartilhado entre os hospedes, é possível fechar a porta e ter ele toooodo para si. E, quando estive lá, sempre estavam impecáveis de limpos! Não só os banheiros. Tudo estava sempre muito limpo.
O staff também era (dessa vez vou usar o verbo no passado pois não sei como está hoje) incrível. Super disponível, prestativo e simpático.

Localização e lazer

A localização também é ótima! Fica no Baixo Chiado, com um centro comercial bem à frente e uma estação de metrô quase ao lado. Dá para ir a pé para o elevador de Santa Justa, para o Castelo de São Jorge, para a Praça do Comércio, para uma região cheia de bares (Alto Chiado), para a  livraria Bertrand e vários outros lugares bacanas. E também tem transporte fácil para pontos turísticos tradicionais.
Ainda, pelo menos nos anos que fui, eles tinham umas programações especiais no hostel, tipo ‘noite de fado e vinhos’, jantares que por um preço super justo incluíam refeição completa e vinho à vontade, além de serem uma oportunidade super massa de conhecer pessoas. O café da manhã também era uma delícia. Simples e sem muitas opções, mas o pão… ah o pão… que delíiicia!!

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Como não se apegar a este sorriso? ❤

Nada é perfeito

Mas, claro, tinha que haver pelo menos um probleminha, né? Que pode nem ser, dependendo do tipo de viajante que é. O primeiro andar do hostel fica no segundo andar de um prédio e, apesar de ter um elevador de bagagens para transportá-las entre os andares do hostel, é preciso subir um lance de escadas carregando as malas. Se a pessoa está viajando de mochilão, não tem muito problema, mas, no meu caso, costumo acabar as viagens com duas malas e isso dificulta um pouco. Nada que a solidariedade dos companheiros de estadia não resolva. Rsrs Também, não sei se algo mudou, mas acho que, até por isso, não tem estrutura para cadeirante.

Acabei usando o verbo em mais de um tempo, pois algumas coisas são sobre o hostel em geral e são coisas mais perenes. No entanto, outras têm mais a ver com a minha experiência, que é de 6 anos atrás (a última vez que me hospedei no hostel foi em 2010).
Observação: as fotos são do site Hostel World e da antiga página do Living Lounge, com exceção da última, que eu tirei do meu best, Isaac Washington.

DIY: vaso de flor para Fusca

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Imagem desse site, que tem outros exemplos bem legais de vasos de painel.

Como já falei no post Placa preta: como conseguir, sou mãe do Bonito, um Fuscão 70 que, além de estar na família desde seu nascimento, foi totalmente restaurado por mim e pela minha mãe, em 2015. Desde então, vivo inventando coisinhas para deixar o carro bem a minha cara. Ele virou receptáculo de um monte de coisas que gosto e acho fofas. Dentro dele tem cesta de piquenique, devidamente equipada com taças e toalha para forrar o chão, tem guarda-chuva em formato de katana, tem buzina retrô, tem ventilador… e tem um vasinho de flor lindo, que eu mesma fiz, inspirado naqueles de louça super tradicionais há algumas décadas.
Meu vasinho faz um super sucesso, não só pela formosura, mas também pelo preço. Enquanto um tradicional custa cerca de 75 reais, a minha versão não deve ter saído por mais de 5, sem perder o charme da coisa. ❤ Aí, como na época que o fiz eu era responsável pela página do facebook da Fuscaria BH, um grupo de apaixonados por veículos com motor refrigerado a ar, resolvi compartilhar um passo a passo super simples para que outras pessoas também pudessem fazer. Confere aí!

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– 1 Tubete
– 1 Ventosa
– 1 Faca (a lâmina será aquecida, por isso precisa-se optar por uma faca com um cabo que isole o calor)
– Linha para crochê
– 1 Agulha
– Lixa (utilizei lixa de vidro, que é bastante fina)
– Pedaço de tecido claro
– Manteiga de cacau

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– Aqueça a lâmina da faca e corte a parte de cima do tubete.
– Lixe a área que foi cortada, até que ela fique lisa.
– Utilize o tecido e a manteiga de cacau para polir a área lixada.
– Com o tubete pronto, utilize a agulha e a linha para acoplar a ventosa.
Viu? Muito fácil.

Segredinho


Vasinho no Bonito.

Mas, claro, deixei para o final a tacada de mestre, exclusiva para o blog. Rá!

Eu não gosto MESMO de flores artificiais, mas é complicado deixar planta de verdade dentro do carro, principalmente por causa da temperatura. Fui, então, a uma loja de decoração com bastante variedade de flores falsas (Estrada Real) e, no meio de tantas opções, descobri uma rosa que suuuuper engana. Sempre tem gente que me pergunta se eu não vou colocar água no vasinho, para vocês terem noção. 😂 Se não me engano, um raminho com 3 rosas custou 16 reais e tenho o fusca florido para a eternidade. ❤
E aí? Também já fez algum acessório para o seu Fusca? Compartilhe com a gente nos comentários. 😉

DIY: Licor de Laka

Se há duas coisas que gosto nessa vida são doce e cachaça. Quando se junta os dois, então, é pura magia, alegria, loucura and amor. ❤ Ainda, adoro experimentar novidades e foi numa dessas que conheci o Licor de Chocolate Branco. Era 2015 e um conhecido apareceu com uma garrafa da bebida, de uma marca famosa, que estava abandonada em sua casa. Foi amor à primeira golada. Cheguei a olhar para comprar, mas como sou muito sustentável (para não dizer pão dura) e adoro alquimias gastronômicas and alcoólicas, resolvi pesquisar na internet algumas receitas e colocar a mão na massa.
Já na primeira vez que fiz, compartilhei com amigos e foi puro sucesso. O sabor não ficou muito parecido com o daquela garrafa que meu colega compartilhou, mas ficou tão gostoso quanto (se não ficou mais) e muuuito mais barato. Confere aí!
licor de chocolate branco
Ingredientes
– 150g de Laka
– 60ml de creme de leite
– 180ml de água filtrada
– 90ml de cachaça
– 5 gotas de essência de baunilha
Modo de preparo
– Aqueça o chocolate e o creme de leite no micro-ondas, por cerca de 1 minuto, em temperatura média. Misture os ingredientes até que virem um creme homogêneo. Para isso, se necessário, coloque mais alguns segundos no micro-ondas, sempre na temperatura média.
– Quando o creme estiver em temperatura ambiente, acrescente os ingredientes restantes (água, cachaça e essência) e bata com a ajuda de um mixer, até ficar homogêneo. Cuidado para não bater demais, para o creme de leite não virar manteiga.
Prontinho! Receita super fácil e deliciosa. ❤
Algumas dicas e observações:
– Sugiro servir a bebida gelada.
– Eu uso Laka porque tenho apego e, principalmente, porque sua embalagem tem exatos 150g. Porém, pode ser substituído por qualquer chocolate branco. 😉
– Eu gosto de usar cachaças envelhecidas em toneis de madeira, pois acho que o sabor super flui com o chocolate branco.
– Utilizei como base uma receita da página Comida e Receitas.
E aí? Gostaram? Espero que sim. =)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Placa preta: como conseguir

Fiquei pensando sobre o que escrever no meu primeiro post. Minha primeira ideia foi me apresentar. Mas acho que, cada post, será, de certo modo, uma apresentação. Assim, decidi falar sobre uma das minhas paixões atuais: o Falcor Ludo Andalécio, Fuscão 70 aqui de casa, que é mais conhecido como Bonito.
O Bonito sempre esteve na família. Era de um casal de tios da minha mãe, que tinha um carinho enorme por ele. Mas, depois do falecimento de um deles, o tio Divino, sua esposa, Leony, acabou enfrentando algumas dificuldades e o carro ficou por muito tempo abandonado.  Sabendo do afeto da tia pelo Bonito, mas sem ter condições de cuidar dele, e do grande sonho que sempre tive de ter um Fusca, minha mãe o comprou, em 2015. Restauramos o carro todinho e ele tem nos trazido muitas alegrias desde então.
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Eu e o Bonito.
Uma delas é que, depois de uma extreme makeover, ele foi certificado como veículo de coleção. Aí, como muita gente me pergunta sobre o processo, resolvi compartilhar minha experiência por aqui.
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É difícil certificar um veículo como de coleção?
É a primeira pergunta que todos me fazem e o que costumo responder é: a certificação é muito fácil, o difícil (e caro) é deixar o carro no padrão de aprovação. No caso do Fusca, ainda é um pouco mais fácil, pois as peças (tipo) originais são mais tranquilas de encontrar, o que não acontece com outros modelos de carros antigos. Uma vez que o veículo segue o padrão de seu modelo, tem mais de 30 anos e está em bom estado de conservação, conseguir a certificação é bem tranquilo.
No nosso caso, antes de começar o processo de certificação, conversamos com vários profissionais da área e colecionadores, para garantir que estávamos escolhendo peças adequadas e que estávamos mantendo o padrão original do carro. Para terem uma ideia, uma dessas pessoas chamou a minha atenção para o fato de que estavam faltando duas borrachinhas da saia traseira, do tamanho da ponta de um dedo. Então, em meio a consultas e pesquisas, fomos bem detalhistas na restauração do Bonito.
De todo modo, algumas coisas, pelo que me parece, desclassificam automaticamente qualquer veículo: uso de alternador e ignição eletrônica, rebaixamento de suspensões, aparelhos de som modernos e coisas que destoem da mecânica, aparência e realidade da época do veículo. Outra coisa importante de se prestar atenção é: as partes e acessórios são do modelo e ano do seu carro? Por exemplo, há cores que só existem em veículos fabricados depois de 70. O tipo de alavanca do vidro do Fusca é diferente nas décadas de 60 e 70. Por aí vai e todos esses detalhes são importantes.
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Bonito antes da restauração.
Como é o processo para colocar placa preta?
O primeiro passo é marcar a avaliação com um dos clubes membros da Federação Brasileira de Veículos Antigos. Em 2015, quando iniciamos o processo, entramos em contato com dois clubes de Belo Horizonte: Associação Galaxeiros das Gerais e Veteran Car MG. Acabamos decidindo por marcar a avaliação na AGG, pela agilidade do processo e pela atenção do presidente.
Levamos o carro na residência do presidente do clube, onde são realizadas as avaliações e o Bonito foi aprovado de primeira. No caso, não foi informado nenhum tipo de pontuação, como as pessoas costumam esperar. Apenas soube que o veículo foi aprovado (vi um Fusca ser reprovado logo depois do Bonito). Foram tiradas fotos do carro, em diversos ângulos, para continuidade do processo e, após poucos dias fui contatada para buscar os documentos referentes à certificação. Não me lembro exatamente quais eram esses documentos, mas, se não me engano, foram os seguintes:
Entregues ao clube:
– Ficha cadastral
– Termo de Responsabilidade
– Solicitação de Certificação de Veículo de Coleção
– Cópias de documentos
Entregues pelo clube:
– Certificado de Originalidade
– Cartão de originalidade, para carregar junto com o documento do carro
– Papeis para dar entrada no pedido de alteração de dados junto ao Detran
– Adesivo de avaliação, para ser colocado no veículo.
Com os documentos em mãos, precisei entrar no site do Detran e fazer o pedido de alteração de categoria do veículo, pagar a taxa do procedimento e levar o Bonito para vistoria da Polícia Cívil, retirada da nova documentação e troca da placa.
Como conseguir isenção de IPVA?
Ao contrário do que muitos pensam, a isenção não é automática quando certifica-se o veículo como de coleção. É preciso acionar o Iepha e a Secretaria de Estado de Fazenda para isso.
Na época, decidimos por não entrar com o pedido de isenção de IPVA, o que fiz este ano. Para isso, o presidente da Associação Galaxeiros das Gerais, muito prestativo, me forneceu o seguinte documento:
– Certificado de avaliação para fins de isenção de IPVA
Com ele, fui ao Iepha, com cópias e originais de alguns documentos pessoais, para solicitar a Declaração de Veículo de Valor Histórico. Com esse documento em mãos, aí sim pude pedir, no site da Secretaria de Estado de Fazenda, a isenção do IPVA. Fiz isso na última semana e os documentos ainda estão em análise pela Secretaria.
2016-10-14 8-2.jpgBonito em Ouro Branco.
Quanto custa tudo isso?
Não me lembro os valores exatos, então, apresentarei aqui uma ideia, a partir do que me recordo.
– R$ 300,00 | Cadastro e avaliação do veículo (lembro-me que os valores dos dois clubes que consultei eram praticamente os mesmos)
– R$ 65,00 | Alteração de dados junto ao Detran
– R$ 120,00 | Placas
– R$ 15,00 | Emissão da Declaração de Veículo de Valor Histórico
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Na internet, é possível encontrar  alguns “manuais de avaliação”, atribuidos à Federação Brasileira de Veículos Antigos. Não sei sobre a veracidade desses materiais, mas, de todo modo, esse é um deles: manual do avaliador. Imagino que seja pertinente, uma vez que está no site do Clube de Automóveis Antigos de Santos, membro da FBVA, mas não posso garantir. 😉
Como tem um bocadinho de tempo que vivênciamos a experiência da certificação (dezembro/2015), alguma informação pode ter se perdido, mas espero que ainda assim consiga ajudar quem está querendo saber mais sobre o processo. =)