Eu adoro viajar. Então, boa parte das postagens serão dedicadas a isso. Darei sugestões de lojas, lugares para visitar, coisas gostosas para comer… tentando sair um pouco do lugar comum. Pontos turísticos tradicionais, provavelmente não farão parte dos meus posts, a não ser que tenham balançado fortemente meu coração.
Quem me conhece sabe o tanto que sou chatinha com esse negócio de hospedagem. Na verdade, nem tanto assim, mas sempre tive o meu quarto e o meu banheiro, então, tenho dificuldade para dividir algumas coisas, principalmente com gente desconhecida. Assim, há um tempo, era impensável para mim ficar em um hostel, até que conheci o Living Lounge.
Fui apresentar um trabalho em Lisboa, em 2009, e precisava achar uma hospedagem barata, mas que atendesse meu grau de frescura. Acabei reservando um quarto privado num residencial, mas com banheiro compartilhado. Fato é que não gostei nem do quarto e muito menos do banheiro, que estava bem sujo já na primeira vez que usei. Ah! E, detalhe, tinha um bidê no meu quarto (parece que isso é comum por lá).
Foi quando marquei de encontrar um amigo num hostel próximo a onde eu estava e minha opinião mudou completamente. Percebi que eu tinha uma visão muito estereotipada desse tipo de hospedagem.
Living Lounge Hostel
Primeiro, a decoração do lugar é incrível!!! Cada ambiente tem um tema, inclusive os quartos, há várias referências de filmes, os móveis são lindos… ai, ai. Só de lembrar o coração já enche de alegria.
Estrutura, segurança e higiene
As camas dos quartos coletivos são beliches com grandes compartimentos na parte de baixo, uma para cada hóspede do quarto. No meu, se não me engano, consegui colocar duas malas. Eles eram fechados com chave e isso me deixou super segura em relação às minhas coisas, pois, mesmo na Europa, sou dessas que morre de medo de ser roubada. Ainda, eles possuem quartos privados! Até convenci a minha mãe de ficar lá em 2010 e ela adorou. Porém, como acabei indo para lá por causa de desistência de hóspede, não tive muita opção e fiquei em um quarto para 4 pessoas. Mas foi tão tranquilo e bacana, pelas pessoas incríveis que conheci, que acabei escolhendo um quarto coletivo novamente na viagem que fiz no ano seguinte.
Os banheiros são compartilhados, mas com uma super vantagem. Cada andar, além de banheiros tipo vestiário, têm também um tipo que, apesar de também ser compartilhado entre os hospedes, é possível fechar a porta e ter ele toooodo para si. E, quando estive lá, sempre estavam impecáveis de limpos! Não só os banheiros. Tudo estava sempre muito limpo.
O staff também era (dessa vez vou usar o verbo no passado pois não sei como está hoje) incrível. Super disponível, prestativo e simpático.
Localização e lazer
A localização também é ótima! Fica no Baixo Chiado, com um centro comercial bem à frente e uma estação de metrô quase ao lado. Dá para ir a pé para o elevador de Santa Justa, para o Castelo de São Jorge, para a Praça do Comércio, para uma região cheia de bares (Alto Chiado), para a livraria Bertrand e vários outros lugares bacanas. E também tem transporte fácil para pontos turísticos tradicionais.
Ainda, pelo menos nos anos que fui, eles tinham umas programações especiais no hostel, tipo ‘noite de fado e vinhos’, jantares que por um preço super justo incluíam refeição completa e vinho à vontade, além de serem uma oportunidade super massa de conhecer pessoas. O café da manhã também era uma delícia. Simples e sem muitas opções, mas o pão… ah o pão… que delíiicia!!
Nada é perfeito
Mas, claro, tinha que haver pelo menos um probleminha, né? Que pode nem ser, dependendo do tipo de viajante que é. O primeiro andar do hostel fica no segundo andar de um prédio e, apesar de ter um elevador de bagagens para transportá-las entre os andares do hostel, é preciso subir um lance de escadas carregando as malas. Se a pessoa está viajando de mochilão, não tem muito problema, mas, no meu caso, costumo acabar as viagens com duas malas e isso dificulta um pouco. Nada que a solidariedade dos companheiros de estadia não resolva. Rsrs Também, não sei se algo mudou, mas acho que, até por isso, não tem estrutura para cadeirante.
Acabei usando o verbo em mais de um tempo, pois algumas coisas são sobre o hostel em geral e são coisas mais perenes. No entanto, outras têm mais a ver com a minha experiência, que é de 6 anos atrás (a última vez que me hospedei no hostel foi em 2010).
Observação: as fotos são do site Hostel World e da antiga página do Living Lounge, com exceção da última, que eu tirei do meu best, Isaac Washington.